As rodas para bicicleta de estrada são muito importantes para o desempenho e o conforto do ciclista. Elas são responsáveis não só pela rodagem, mas também por pontos importantes como a capacidade de segurar o pneu, a travagem e a garantia de que poderás pedalar em terrenos diferentes sem que a bicicleta sofra qualquer dano.

Porém, para quem já se aventurou a comparar rodas de bicicleta de estrada para comprar, já deve ter notado que existe uma infinidade de opções. E é claro que isso torna a missão de comprar uma roda algo muito complicado e difícil para quem não está habituado com todos estes termos das bicicletas. Se este é o teu caso então continua a ler este post e vê as dicas importantes que preparamos para ti.

Conhece as rodas de estrada, peça por peça

 

Para quem está no processo de decisão de compra pela primeira vez, é importante que conheça minimamente as peças que compõem a roda, para que possa tomar uma decisão mais informada. Assim, as rodas de estrada são formadas por várias partes:

Eixos

Os eixos das rodas são os componentes centrais da estrutura da roda. Tudo o que gira, gira em torno de um eixo. Eixo esse que, por sua vez, passa por dentro do cubo, servindo como apoio para os rolamentos. É possível encontrar eixos com diâmetro e largura variados, uma vez que eles se relacionam com a suspensão e o quadro em que são montados.

Cubos

Como já falei no ponto anterior, o cubo é a peça por onde passa o eixo, e onde os raios são fixados. O cubo é também o espaço onde giram os rolamentos, e é muito importante sempre considerar o tipo de rolamento que o cubo possui. Rolamentos de qualidade oferecem menor necessidade de manutenção e uma rolagem mais solta.

No cubo traseiro temos também por norma um mecanismo de engate diferente, com mais pontos para fixação dos raios. Quanto mais pontos de engate tiver, menos força será necessário exercer na rotação do pedal para começar a dar tração à roda.

Cepo

O cepo é também ela uma peça fundamental. Está no lado direito do cubo traseiro, e tem como função encaixar o mecanismo que vai transformar a potência em andamento da roda, que é a cassete. Conforme o tipo de transmissão, seja a marca ou o número de velocidades da mesma, o tipo de cepo pode variar. Daí que este é um dos pontos chave a analisar na hora de escolher as rodas certas para ti, pois a compatibilidade do cepo com a transmissão é muito importante.

Raios

Ficam presos aos cubos e ao aro, e podem ser de titânio, carbono, alumínio ou aço. Os de melhor qualidade são mais leves, são mais resistentes aos impactos, e têm menor risco de furo. Quanto mais cruzamentos o raio tiver, mais forte é a roda.

Nipples

Os raios passam por uma porca especial chamada de Nipple (ou porcas de raio), que permite o ajuste da tensão do raio entre o cubo e o aro. Esta peça é inserida no aro, e depois é apertada na ponta do raio, tendo depois uma rosca que dá a tensão ao raio, para que a roda fique calibrada. É nesta peça que geralmente mexemos quando a roda leva sofre um ligeiro problema.

Aro

Nas bikes de estrada o mais comum são aros de 700c, que equivalem ao diâmetro de 29 polegadas nas mountain bike. A largura do aro é algo importante porque existem pneus que apenas podem ser usados em determinadas faixas de largura. No entanto isso só se aplica mais nas bikes de lazer e de trekking. Nas de competição de estrada a largura é Standard. É o aro que segura o pneu e que fornece uma superfície de travagem para as bicicletas, a que vulgarmente chamamos de “pista de travagem”.

Hoje em dia já existem aros sem pista de travagem para estrada, graças ao aparecimento dos travões de disco. Por isso, esse também é um detalhe importante a analisar na altura da compra.

Blocagem / Aperto rápido / Chaveta

Embora tenha vários nomes, a peça é a mesma. Estamos a falar da ferramenta que vai passar por dentro do eixo e apertar as rodas ao quadro (no caso da roda traseira) e à forqueta (no caso da roda da frente). Nas bikes de estrada, as chavetas têm uma medida mais curta na frente e uma maior atrás, e apertam sempre do lado esquerdo (lado oposto ao da transmissão).

Autor: Tiago Torres, Segredos do Ciclismo